2021 - A esperança e o medo

    Começou! Finalmente 2021 chegou. Neste primeiro post do ano quero citar Voltaire: "A esperança é o alimento da nossa alma, ao qual se mistura sempre o veneno do medo". Realmente, o mundo despertou com a esperança de um ano melhor, do fim da pandemia, do isolamento... 
    Se há algo que está fazendo falta é a liberdade de poder abraçar irrestritamente, conversar, correr, respirar livremente, abraçar os avós... Começamos então com a esperança de que, em breve, isso retorne. 
    No entanto, há ainda um certo receio que, não existe devido a Covid, ao isolamento, não, ele é próprio da nossa existência, sempre nos rodeia, enquanto humanos: o medo do sofrimento, da tristeza e da morte.
    Nos últimos anos esses medos se exacerbaram, a ansiedade, a síndrome do pensamento acelerado e a depressão tomou conta da nossa sociedade. Somos a geração ritalina, fluoxetina, escitalopram e etc.     
    Não se trata, de modo algum, de uma crítica ao uso de ansiolíticos, antidepressivos e afins, trata-se sim, de trazer a reflexão sobre a forma que o medo tem vencido a esperança, e isso não pode acontecer!
    Eu sempre fui muito firme na fé e na esperança que ela me traz, mas, confesso, os últimos tempos, as perdas e as incertezas me fizeram escrever este texto e perceber que o veneno do medo está sufocando a esperança.
    Muitos fazem propósitos para o ano que chega, sou um desses e, para este novo ano, meu maior propósito, que gostaria de transformar em um desejo a todos que aqui estão, é que o medo, a tristeza e as incertezas sejam transitórias em nossa vida e que, quando vierem, sejam logo suplantadas pela esperança e pela força que temos, dentro de nós, ao nosso lado e acima de nós.
    Creio sim, e isso se torna esperança hoje, que somos mais fortes que imaginamos, que temos uma capacidade de vencer obstáculos que vão muito além do nosso entendimento. Creio, ainda, que podemos nos ajudar, sermos mais presentes na vida dos que nos rodeiam, tanto no sentido de pedir ajuda quanto de ser suporte. E. por fim, creio ainda que temos a força da fé, que pode nos impulsionar e funcionar como um start para que o medo e a depressão deem lugar a esperança.
    Para concluir, que este ano seja o ano dos abraços, dos sorrisos e, principalmente, da vitória da esperança sobre o medo, mas não da esperança cega, mas daquela alicerçada na busca do sentido da vida, em relacionamentos sadios, na amizade que consola e conforta e na certeza de que, diante da transitoriedade da vida, a certeza do futuro melhor é uma questão de fé. 

    Ah, e se você chegou até aqui, nesta singela reflexão, conte comigo, pois precisamos ser alicerces mútuos que sustentam a esperança. 

    Um beijo no coração e um 2021 cheio de esperança, amigos e vitórias.

    Bruno Rangel.

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