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Mostrando postagens de 2012

Brasil

Brasil: país emergente; BRIC; biocombustíveis; Pré-sal; Embraer; Copa do Mundo; Olimpíada... fome; alto Índice de Gini; corrupção; concentração de renda, riqueza e poder; violência; crime organizado - quantas contradições! Num dia os jornais noticiam investimentos milionários de empresas transnacionais no país, noutro, a notícia é de desvio de verbas, atraso em obras públicas, etc. Essas contradições não são exclusividade nacional, são próprias do sistema capitalista, que se mantém a partir da construção e reconstrução de um mundo onde as riquezas transitam de modo desigual. Contudo, há que se destacar a intensidade das desigualdades no Brasil. Neste momento, poucos países do mundo vivem tal situação, de modo tão notório, ou seja, vivemos entre uma economia forte, atrativa e um contexto social e político onde a balança da justiça pende para o lado dos mais ricos e influentes. Entre tantos assuntos possíveis diante de tal abordagem, quero tratar um pouco mais a fundo a necessidade de r

Cuiabá

Como sempre, atendendo a pedidos, lá vai (esse é um pedido da Paola - 3A e vai com carinho aos cuiabanos). O telefone toca: Vamos trabalhar em Cuiabá? Penso comigo: como assim? Conversas e mais conversas depois, lá estava eu, conhecendo a cidade, famosa por suas altas temperaturas. No começo, um pouco perdido, encalourado, suado; em pouco tempo, dentro da normalidade. Realmente, que calor! Hoje, sinto que  o calor de Cuiabá é tão grande, que aqueceu meu coração. As demonstrações de carinho, respeito e até admiração que recebi ontem, na quadra, nas aulas, nos corredores, na internet, incríveis... quanto calor, humano, sensível, sensitível eu diria. Vocês são demais, diferentes, envolventes, enfim, calientes. Me perdoem os trocadilhos excessivamente simplistas, mas é impossível descrever vocês, alunos e amigos cuiabanos. É tanto calor que a mPa, quando chega até aí, começa a desistir de existir (opa, não é revisão! Melhor seguir o texto. rsrs). Agradeço a Deus por tê-los conhecido e

Relacionamentos

Ai, ai.. esses meus alunos. Cada pergunta difícil (rsrsrs). Vamos lá: Por que certos relacionamentos duram tanto e outros tão pouco? Pergunta difícil. Não tenho como responder, mas vou refletir um pouco a respeito. A princípio, creio que o que nos faz permanecer com alguém não é o que a pessoa tem a nos oferecer, não são as qualidades dela, mas a vontade que temos de nos doar, de fazer o outro feliz; aquele desejo inexplicável de estar perto, de saber o que ela faz. Sempro digo e já escrevi isso antes: amor é doação. Há pessoas que nos fazem ser melhores, arrancam de nós coisas boas que estavam adormecidas, despertam em nós sentimentos bons, atitudes positivas. Muitos relacionamentos não são duradouros porque projetamos príncipes e princesas, parceiros perfeitos e, na realidade, estes não existem. É preciso ter uma certeza: o amor da minha vida também tem defeitos. Só assim podemos continuar. Se esperarmos do outro a perfeição, que nós também não podemos oferecer, o fim está próximo.

O INACABADO QUE HÁ EM MIM.

Olá. Inicialmente quero me dirigir àqueles que reclamaram nos últimos dias que eu não postava mais. Obrigado pelo interesse. Especialmente vocês, Lucas e Stephanie, por tantos elogios, porém, sinceramente, aprendo muito mais com vocês do que ensino. Eu é que me sinto honrado em ser seu professor, conviver com vocês. De coração, muuuuito obrigado.                        O efêmero, o transitório e a necessidade de continuar. Diante do dia-a-dia, das responsabilidades, das ansiedades e, principalmente, da decepção, lembrei-me do que escreveu Pe.Fábio, me experimento inacabado. Às vezes, incapacitado. Da obra, sinto-me o rascunho. Do gesto, o que não termina. Sou como o rio em processo de vir a ser. A confluência de outras águas e o encontro com filhos de outras nascentes. O rio é a mistura de pequenos encontros. Eu sou feito de águas, muitas águas. Também recebo afluentes e com eles me transformo. O que sai de mim cada vez que amo? O que em mim acontece quando me deparo com a

Amor

Há tempos não me atrevo a escrever sobre o tema. Sinto-me incapacitado diante da grandeza e profundidade do assunto. Contudo, hoje fui questionado novamente: "Por que você não escreve mais sobre amor?". Diante disso, lá vamos nós. Aliás, quero oferecer este post para a Carla e a Carol do uni e para o grande Poodle, cuiabano incrível do 3D. Começo lembrando que há vários "tipos" de amor: ágape, eros, storge ... Mas sobre isto já escrevi em Apenas uma resposta. De momento, quero refletir sobre a seguinte frase : "Tenho certeza, essa é a pessoa da minha vida, ela vai me fazer feliz..." Ao pensar assim está dado o primeiro passo para o fracasso de um relacionamento. Creio que para um relacionamento duradouro, a frase de quem realmente ama é: Essa é a pessoa da minha vida a quem quero para fazer feliz.  Ver no outro alguém para nos fazer feliz é nos colocar no centro, é egoísta. Nada contra querer ser feliz, mas, quando se trata do verdadeiro amor, este, ve

A guerra: massacre de inocentes em prol de burocratas

Viva os imbecis

Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! Você ri de tudo! Não é bem assim. Sou um tanto quanto imbecil. Mas, lembre-se, os imbecis também amam. Faço diariamente a escolha entre guardar amarras ou desatar nós. Nós de tristeza, de amargura, de solidão, de carência... Mas, como tem gente chata por aí. Pior ainda, encontrar gente chata tão jovem. Ufa, ainda bem que são poucos, o convívio com a juventude me renova, me transforma, atualiza minha alma, me inspira a viver. A idiotice é vital para a felicidade. Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Por que fazer da vida um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável. No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Acredito que muitos relacionamentos terminam não por falta de amor, dinheiro, sincronia, mas pela ausência de idiotice, de tolerância, de humor. Sejamos sinceros. Quem disse que é bom dividi

O ANARQUISMO

Peço licença e, principalmente, contribuições teóricas, de meus colegas sociólogos, mas, hoje, mais uma vez a pedidos, adentrarei neste campo fantástico do conhecimeto para uma breve explicação sobre o anarquismo.   Ao tratar de “anarquia”, muitos acreditam que a expressão tem a ver com qualquer evento ou lugar desprovido de organização. Contudo, essa apropriação contemporânea está bem distante das teorias que integram o chamado pensamento anarquista, estabelecido logo depois que as contradições e injustiças do sistema capitalista já se mostravam visíveis no século XVIII. O anarquismo é freqüentemente apontado como uma ideologia negadora dos valores sociais e políticos prevalecentes no mundo contemporâneo: o Estado laico, a lei, a ordem, a religião, a propriedade privada etc.  De fato, como ideologia libertária e profundamente individualista, o anarquismo defende a ruptura com todas as formas de autoridade política e religiosa, a propriedade privada e quaisquer outros tip

Transitório e Eterno.

Em meio a transitoriedade daquilo que me cerca, busco algo de eterno ou, no mínimo, duradouro. Porém, se tudo que é bom realmente dura pouco, quero viver homeopaticamente.  Penso na dor que aflige e some, macrocefálica, chata. No carinho que chega e, de repente, some. No olhar de amizade, de carinho, de compreensão, que me anima, me motiva e me faz continuar, buscando ser melhor, não em relação aos outros, mas em relação a mim mesmo. Olhar que também some, mas deixa marcas. Alegrias, tristezas, temores, incertezas ... certeza: tudo transitório. Vislumbro uma impermanência permanente de quase tudo e nessa busca do que se esvai encontro alguns instantes a memorar. Freud, ao escrever sobre a transitoriedade das coisas, afirma: "o valor da transitoriedade é o valor da escassez no tempo." Sendo assim, cada segundo ganha importância eterna, necessita ser consumido com voracidade. Nesse caminho, busquemos forças para transformar os aborrecimentos em instantes insignif

O socialismo e o massacre ucraniano

GEÓIDE: Cartografia

GEÓIDE: Cartografia : Check out this SlideShare Presentation: Cartografia View more presentations from profbrunorangel .

GEOGRAFIA: EPISTEMOLOGIA E SIGNIFICÂNCIA NO SÉCULO XXI

A CIÊNCIA GEOGRÁFICA NASCE, NA PRÁTICA, NA PRÉ-HISTÓRIA. O NOMADISMO CARACTERIZAVA-SE, ENTRE OUTROS FATORES, PELA BUSCA DE ESPAÇOS QUE PUDESSEM PROVER AS NECESSIDADES BÁSICAS DO HOMEM DE ENTÃO. PARA TANTO, ERA NECESSÁRIO CONHECER, EXPLORAR, UTILIZAR, AINDA QUE COM TÉCNICAS RUDIMENTARES, O ESPAÇO NATURAL. AO LONGO DA HISTÓRIA A GEOGRAFIA ESTÁ VISIVELMENTE PRESENTE: NO COMÉRCIO DA ANTIGUIDADE, NA ASTRONOMIA, NA CARTOGRAFIA, ETC. CONTUDO, A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA GEOGRAFIA COMO CIÊNCIA DAR-SE-Á APENAS NO SÉCULO XIX, MERECENDO DESTAQUE PANSADORES COMO HUMBOLDT, RITTER E RATZEL, NA ESCOLA ALEMÃ. NESSE CONTEXTO DIFUNDE-SE O DETERMINISMO GEOGRÁFICO, ONDE O MEIO É CONSIDERADO ESSENCIAL, INTERFERINDO DE MODO DECISIVO NA FISIOLOGIA E NA PSICOLOGIA HUMANA, ENTRE OUTROS FATORES. POSTERIORMENTE, O FRANCÊS PAUL VIDAL DE LA BLACHE PROPÕE O QUE DENOMINOU-SE POSSIBILISMO GEOGRÁFICO. NESTA CONCEPÇÃO O MEIO PASSA A SER VISTO COM MENOR INFLUÊNCIA SOBRE A VIDA HUMANA, ESTANDO SUJEITO A TRANSFORMAÇÃO CONSTA