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Mostrando postagens de 2014

Quotidien d'un professeur apprenti

Este ano foi realmente muuuito intenso.   Trabalho, viagens, estudos e, mais Trabalho. Porém, nenhuma queixa, creio que há um tempo para cada coisa, como escreveu   Coélet , provável autor do livro acadêmico da Bíblia, mais conhecido como Eclesiastes.  Londrina, Maringá, Toledo, Umuarama ... Quantas histórias, amigos/alunos... Aprendi muito!   Agradeço a Deus com por cada momento vivido, cada pessoa com quem me deparei ...  Nos últimos meses abandonei um pouco este blog, pois criei um grupo no facebook mais focado em conteúdos didáticos voltados ao vestibular, com intuito de contribuir um pouco mais com meus alunos que, sem dúvida, norteiam muitas de minhas ações.  Neste retorno ao Geoide, só quero agradecer, a Deus, a minha família, aos amigos e aos alunos, por este ano que finda.   Mas, como de costume aqui, quero deixar uma reflexão simples, sobre possíveis aprendizados deste ano. Como escreveu Shakespeare, aprendi que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espet

HISTÓRICO DA QUESTÃO PALESTINA

O conflito árabe-israelense tem sua origem bastante remota. É possível encontrar elementos do conflito relatados em textos bíblicos de mais 3000 anos atrás. A complexidade do conflito leva a crer que sua resolução encontra-se distante. Trata-se de um conflito multidimensional: étnico, territorial, religioso, político e econômico. A seguir, um recorte histórico associando datas e fatos marcantes do conflito: 1896 – Sionismo (Theodor Herzl) 1918 – Declaração de Balfour 1947-  Criação de Israel 1948 – 1º conflito Israel X Liga árabe 1964 – Surge a OLP (Organização pela Libertação da Palestina) 1967 – Guerra dos seis dias 1973 – Guerra do Yom Kippur (1º choque do petróleo) 1979 - Acordo de Camp David. O Egito é o primeiro país árabe a reconhecer o Estado de Israel. Este, em contrapartida, devolve a Península do Sinai ao Egito (cláusula cumprida somente em 1982).  1981 - Militares egípcios contrários à paz com Israel assassinam o presidente Anwar Sadat. 1987 – Início

Gaza e a Paz.

Há pouco li sobre novos bombardeios israelenses a Faixa de Gaza. O mundo contemporâneo reescreve momentos de sofrimento e morte, especialmente no Oriente Médio, na Palestina e, ainda mais em Gaza. Tristeza, senti muita tristeza pela perspectiva real de que não é a primeira e nem será a última vida perdida ali, pela intolerância, etnicismo e intransigência. Me vem a mente um pouco de Chaplin: "O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e

Uma pequena folha

Incrível como repentinamente, num pequeno instante, o resto de nossas vidas pode ser influenciado, quase que definido.  Há pouco encontrei um poema que lembrou-me como alguém entrou em minha vida. De maneira mansa, serena e, aparentemente, sem grandes pretensões, ela chegou.  " Tu   eras   também  uma  pequena   folha,  que  tremia no  meu   peito . O  vento  da  vida  pôs-te  ali . A  princípio   não   te  vi:  não  soube  que  ias  comigo... " Realmente, não imaginava que uma centelha pudesse incendiar uma vida, " até   que  as tuas raízes atravessaram o  meu   peito , se uniram aos  fios  do  meu   sangue , falaram  pela   minha   boca , floresceram  comigo ." E o tempo prova que as raízes do verdadeiro amor são infindáveis. Os frutos já estão aí, visíveis, perfeitos, mesmo em meio a imperfeição que nos é própria, a vida fez germinar sementes de amor que a princípio não se via.  Lição: acreditar no amor, nos pequenos detalhes da cortesia, da doação, do per

Geografia da vida

Na nascente da vida construímos sonhos, fazemos projetos, somos límpidos, puros, transparentes. O curso da vida, entretanto, apresenta-se sinuoso, com águas turvas, às vezes até contaminado. Nossa história, via de regra, é como um relevo acidentado, marcado por planaltos, escarpas, vales e depressões. O que importa é estar sempre disposto às escaladas, a recomeçar. É preciso esforço, semear, cuidar dos campos, arrancar as ervas daninhas. Creio que, na agricultura  da vida, precisamos semear mais amor, perdão e complacência, para colhermos um futuro de paz e tranquilidade. Carpir a intolerância, a indiferença, a amargura, a inveja e, principalmente, o desamor. Certamente nem tudo são planícies e as calmarias não são eternas; as tempestades, raios e vendavais são naturais. O importante é seguir, vencer as intempéries do cotidiano, escalar as montanhas, pois é de lá, do alto, que temos uma visão mais ampla do que nos rodeia, onde é  mais fácil planejar os caminhos a seguir. Então, vamos

O Estado e a segurança pública: proteção, controle e punição.

Foucault, em seu livro Vigiar e punir e , segundo conta a tradição histórica, em seus cursos no Collège de France, traz uma classificação tipológica dos Estados modernos. O Estado do Antigo Regime é visto como um Estado territorial ou de soberania , cuja divisa era “fazer morrer e deixar viver”. Esse Estado haveria evoluído para um Estado de população em que a população demográfica, de modo geral, substitui o "povo político" e, depois, para um Estado de disciplina, cuja divisa se inverte em “fazer viver e deixar morrer”: um Estado que se ocupa da vida dos sujeitos para produzir corpos sãos, dóceis e disciplinados. O que se vê atualmente não é um Estado de disciplina, mas – segundo a expressão de Gilles Deleuze – um “Estado de controle” : ele não tem por objetivo ordenar e disciplinar, mas gerir e controlar. Depois da violenta repressão das manifestações contra o G8 de Gênova, em julho de 2001, um funcionário da polícia italiana declarou que o governo não queria

A Geografia: institucionalização e correntes de pensamento.

A Geografia é uma ciência que se destaca por seu caráter interdisciplinar. Trata-se de uma ciência que transita e se apropria de conhecimentos das mais diversas áreas: economia, física, química, biologia, etc. Definir seu objeto de estudo não é tarefa fácil, contudo, para a maioria dos geógrafos é o estudo das relações entre sociedade e espaço, entre meio natural e meio social.  A Sistematização do conhecimento geográfico deu-se em meados do século XIX, com Humboldt e Ritter, viajantes denominados naturalistas. Quanto as principais correntes do pensamento geográfico, Friedrich Ratzel, no século XIX, defendeu o Determinismo Geográfico , também chamado de Determinismo Ambiental . Nesta concepção as condições naturais determinam o comportamento do homem, interferindo na sua capacidade de progredir. Ratzel cria conceitos como: espaço vital, região natural, fator geográfico e condição geográfica. Em resposta , s urge ao fim do século XIX, na França, o Possibilismo, cujo principal rep

As borboletas e o jardim.

Hoje deparei-me com esta frase de Mário Quintana, em O Tempo: "O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você." O autor se refere principalmente às pessoas que amamos ;  pensei em nós, seres, humanos, complexos, emaranhados de sentimentos, emoções, impulsos... Refleti também sobre a felicidade, as realizações, sobre como buscamos ser felizes. Um grande amor, estaria aí a felicidade? Uma amizade que ultrapasse o tempo e a distância? Sucesso profissional, fazer o que se gosta? Mais ainda, fazer o que gosta e ainda ganhar muito dinheiro por isso? Ter uma família linda? Viajar pelo mundo? Enfim, pensei em tantas coisas que nos alegram. Mas, voltei à frase de Quintana e conclui: borboletas! Isso mesmo, sucesso, dinheiro, amigos, família... indubitavelmente, importantes, têm a capacidade de nos proporcionar momentos de prazer, regozijo, etc... mas o jardim é o nosso coração, nossa alma. Quantas vezes sentimos solidão em meio a uma m