Cada um com seus problemas?!

Sinto-me impulsionado a escrever como um plástico é levado num vendaval. Não escrevo isso para parecer poético, mas para deixar explícita a ansiedade que me conduz. Venho aqui escancarar minha admiração pelos verdadeiros guerreiros. Pessoas incríveis com as quais tive e/ou tenho a chance de conviver. Pessoas que têm problemas enormes, em suas casas/ famílias, no trabalho ou no campo afetivo, mas que não deixam de sorrir, que não ofendem ninguém pelo fato de estarem sofrendo. Olho e admiro-as. Falsas? Não, guerreiras! Quantas pessoas cotidianamente convivem conosco tristes por dentro, de alma chorosa, mas nos sorriem. Muitas, por medo de não serem compreendidas ou, pior, por não verem ao seu redor alguém a quem possam confiar/repartir suas dificuldades. Preferimos quando nos chamam a uma festa, a um churasco, nos contam piadas engraçadas e, infelizmente, tendemos a nos afastar quando alguém se apresenta cheio de problemas, de conflitos. Pior, alguns são mais ou menos simpáticos de acordo com o benefício que outro possa lhe proporcionar, material ou emocionalmente. Talvez não seja seu caso, que bom; ou talvez esteja pensando "Cada um com seus problemas." Respeito, mas discordo. Realmente todos enfrentamos situações difíceis, contudo, uns mais, outros menos e, principalmente, as dificuldades não acontecem no mesmo espaço, ao mesmo tempo, com todos. Não quero defender um altruísmo ilógico, mas a razão do amor. Aquele que nos leva a ajudar com o coração, com sinceridade. Há um tempo para cada coisa diz o eclesiates, talvez seja seu tempo de buscar ajuda, não carregue sua cruz sozinho, somos feitos uns dos outros e uns para outros, a partir de uma essência que é puro Amor. Talvez esteja tudo bem, então é tempo de ajudar, ser anjo sem asa, mas com coração. Mas, como comecei dizendo, quero homenagear àqueles que são anjos em meio a turbulência, que ajudam mesmo estando necessitados, carentes, sofridos. Para encerrar cito Augusto Cury solidariedade é enxergar no próximo as lágrimas nunca choradas e as angústias nunca verbalizadas. Busquemos uns nos outros a alegria complementar e que tenhamos atitude e força para perdoar, para pedir perdão, para ajudar e para sermos ajudados.  

A solidariedade e a amizade põem o amor em movimento.
Um beijo no coração, Bruno.