Brasil

Brasil: país emergente; BRIC; biocombustíveis; Pré-sal; Embraer; Copa do Mundo; Olimpíada... fome; alto Índice de Gini; corrupção; concentração de renda, riqueza e poder; violência; crime organizado - quantas contradições! Num dia os jornais noticiam investimentos milionários de empresas transnacionais no país, noutro, a notícia é de desvio de verbas, atraso em obras públicas, etc. Essas contradições não são exclusividade nacional, são próprias do sistema capitalista, que se mantém a partir da construção e reconstrução de um mundo onde as riquezas transitam de modo desigual. Contudo, há que se destacar a intensidade das desigualdades no Brasil. Neste momento, poucos países do mundo vivem tal situação, de modo tão notório, ou seja, vivemos entre uma economia forte, atrativa e um contexto social e político onde a balança da justiça pende para o lado dos mais ricos e influentes. Entre tantos assuntos possíveis diante de tal abordagem, quero tratar um pouco mais a fundo a necessidade de reformas em nosso país. Reformas na previdência estão em curso, seguindo a tendência dos países do hemisfério norte de aumentar o tempo e as exigências para aposentadoria. Contudo, cabe destacar a necessidade de reformas no Código Penal, permissivo, injusto e passível de interpretações tendenciosas. É urgente que os criminosos conheçam a mão, que neste caso não pode ser invisível, do Estado. Não podemos aceitar a terceirização/privatização da segurança, da saúde, do transporte, da educação, enquanto pagarmos impostos tão elevados, justamente para que tenhamos acesso a tais serviços. Estudos mostram que o brasileiro trabalha cerca de 100 dias anualmente apenas para pagar impostos e o impostômetro em SP está ficando famoso pelas cifras astronômicas atingidas este ano. Enfim, contradições de um Estado que transita entre o neoliberalismo e a exploração feudal me incomodam, tanto quanto a impunidade, a injustiça, a pobreza, o coronelismo contemporâneo, a polícia despreparada, o crime capacitado ... ufa, chega... acho que já expressei um pouco da contrariedade que há no Estado e que impregna-se em mim. O que fazer diante da situação descrita? Trabalhar, sempre. Orar. Votar conscientemente. Contudo, precisamos participar mais ativamente da vida política: protestar mais, discutir mais, se instruir melhor, conhecer direitos e deveres... precisamos tirar conceitos como cidadania e democracia do papel e trazer para o dia a dia. Bom, vou ler um pouco sobre direito do consumidor, sobre impostos, tributos... afinal, devo fazer o que proponho. Um beijo no coração, Bruno.

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