Gaza e a Paz.

Há pouco li sobre novos bombardeios israelenses a Faixa de Gaza. O mundo contemporâneo reescreve momentos de sofrimento e morte, especialmente no Oriente Médio, na Palestina e, ainda mais em Gaza. Tristeza, senti muita tristeza pela perspectiva real de que não é a primeira e nem será a última vida perdida ali, pela intolerância, etnicismo e intransigência. Me vem a mente um pouco de Chaplin: "O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido." Pois é, o amor, o perdão e a misericórdia estão perdendo espaço. Resta-me sair, buscar os que sofrem ao meu redor e, apesar das infinitas limitações que possuo, levar algo bom a alguém. Que Deus esteja conosco, conduzindo ao bem e que, crendo ou não, cresça em nós sentimentos de humanidade e diminuam, quiçá desapareçam, sentimentos que nos levam a fazer o mal, gerar sofrimento, angústia, morte. Não estamos em Gaza (embora vivamos verdeiras guerras dentro de nós com frequência), não podemos impedir o sofrimento recorrente daquelas pessoas, mas, certamente há alguém, perto, bem perto de nós, precisando de um olhar, um sorriso ou, só de atenção. Que não haja em nós os mesmos males: intolerância, preconceito e, principalmente, desamor. É tempo de paz, de combater o desamor com pequenos e incessantes atos de amor. Tempo de perdão, de reconciliação, de abdicar do orgulho. Não podemos esperar, o relógio da vida corre contra nós nesse sentido, não podemos deixar o sofrimento persistir. Sejamos livres, no amor, na alegria... sorria e que aquilo que é bom multiplique-se em nossas vidas hoje e que Aquele, que é o amor maior, fonte de todo bem, se faça presente. Um beijo no coração, Bruno.

Comentários

  1. Texto maravilhoso, professor! Realmente faz a gente refletir sobre muitas coisas... Obrigada por postá-lo!

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