HISTÓRICO DA QUESTÃO PALESTINA

O conflito árabe-israelense tem sua origem bastante remota. É possível encontrar elementos do conflito relatados em textos bíblicos de mais 3000 anos atrás. A complexidade do conflito leva a crer que sua resolução encontra-se distante. Trata-se de um conflito multidimensional: étnico, territorial, religioso, político e econômico.
A seguir, um recorte histórico associando datas e fatos marcantes do conflito:
1896 – Sionismo (Theodor Herzl)
1918 – Declaração de Balfour
1947-  Criação de Israel
1948 – 1º conflito Israel X Liga árabe
1964 – Surge a OLP (Organização pela Libertação da Palestina)
1967 – Guerra dos seis dias
1973 – Guerra do Yom Kippur (1º choque do petróleo)
1979 - Acordo de Camp David. O Egito é o primeiro país árabe a reconhecer o Estado de Israel. Este, em contrapartida, devolve a Península do Sinai ao Egito (cláusula cumprida somente em 1982). 
1981 - Militares egípcios contrários à paz com Israel assassinam o presidente Anwar Sadat.
1987 – Início da 1ª Intifada
1994 – Arafat retorna à Palestina, depois de 27 anos de exílio, como chefe da Autoridade Nacional Palestina (eleições realizadas em 1996 o confirmam como presidente) e se instala em Jericó. 
1995 – Acordo entre Israel e a OLP para conceder autonomia (mas não soberania) a toda a Palestina, em prazo ainda indeterminado. Em 4 de novembro, Rabin é assassinado por um extremista judeu.
1996 – É eleito primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, do Partido Likud (antes denominado Bloco Liked), que paralisa a retirada das tropas de ocupação dos territórios palestinos e intensifica os assentamentos de colonos judeus em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, em meio à população predominantemente árabe. O processo de pacificação da região entra em compasso de espera, ao mesmo tempo em que recrudescem os atentados terroristas palestinos. 
1999 – Ehud Barak, do Partido Trabalhista (ao qual também pertencia Yitzhak Rabin), é eleito primeiro-ministro e retoma as negociações com Arafat.
2000 – Israel retira-se da “zona de segurança” no sul do Líbano. Enfraquecido politicamente, devido à falta de progresso no camiho da paz, e também devido às ações terroristas palestinas (não obstante as represálias israelenses), Barak renuncia ao cargo de primeiro-ministro. Mas o vencedor é o general da reserva Ariel Sharon, do Partido Likud, inimigo dos palestinos. Pouco antes das eleições, começa nos territórios ocupados uma nova Intifada.
2001 – Agrava-se o ciclo de violência: manifestações contra a ocupação israelense, atentados suicidas palestinos e graves retaliações israelenses. 
2008-2009: Israel empreende novos ataques. Resultado: 1166 palestino mortos, dezenas de milhares de feridos para 13 israelenses mortos. Em 2012 foram 167 palestinos mortos para seis israelenses. Agora, em 2014, já são mais de 150 palestinos mortos e nenhum israelense morto. Tais números expressam uma desigualdade e uma assimetria que se configura claramente num desproporcional massacre. 

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